É necessário distinguir entre as pressões hidráulicas que são solicitadas à tubagem ou à rede e as pressões que cada componente é capaz de suportar individualmente.
Pressões hidráulicas que são solicitadas à tubagem ou à rede
- Pressão estática. É a pressão numa secção da tubagem quando, estando sob carga, a água está em repouso.
- Pressão de projeto (DP). Pressão máxima de funcionamento, em regime permanente, da rede ou da zona de pressão numa secção da tubagem, excluindo o golpe de aríete. Deve ser especificado o seguinte:
Tubagem por impulsão: Pressão de funcionamento = Pressão de projeto > Pressão estática.
Tubagem por gravidade: Pressão de funcionamento < Pressão estática = Pressão de projeto.
- Pressão máxima de projeto (MDP). Pressão máxima de funcionamento, em regime permanente, da rede ou da zona de pressão, que pode ser atingida numa secção da tubagem em serviço, considerando as flutuações produzidas por um eventual golpe de aríete. Esta pressão máxima de projeto é para a qual a tubagem foi realmente projetada:
MDP designa-se MDPa, quando o golpe de aríete admissível é previamente fixado.
MDP designa-se MDPc, quando o golpe de aríete é calculado.
- Pressão de teste da rede (STP). Pressão hidrostática aplicada a uma conduta recém-instalada de forma a garantir a sua integridade e estanqueidade.
- Pressão de funcionamento (OP). Pressão interna que aparece num determinado instante num determinado ponto da rede de abastecimento de água.
- Pressão de serviço (SP). Pressão interna no ponto de ligação à instalação do consumidor, com caudal nulo na ligação.
Pressões relativas aos componentes
- Pressão nominal (PN). alor numérico de uma série convencional que se adota, como referência, para caracterizar os tubos, as peças especiais e os outros elementos da tubagem em relação à pressão hidráulica interior (kp/cm2) que são capazes de resistir na ausência de cargas externas. Com o mesmo DN, as características geométricas dos elementos de união (flanges e outros) da mesma série de PN serão tais que permitam a conexão entre eles. A relação entre os valores da PN e da pressão hidráulica interior depende de:
- Tipo de material.
- Temperatura.
- Conceção do elemento de que se trate (utilização a curto ou longo prazo).
- Coeficiente de segurança aplicado.
Em resumo, pode-se dizer que a PN é a pressão que o referido elemento é capaz de suportar em serviço sem considerar o golpe de aríete (pressão de projeto, DP) e na ausência de cargas externas.
A norma ISO 16422 (ver Anexo “Normas e Referências Bibliográficas”) “Tubos e uniões de poli (cloreto de vinil) orientado (PVC-O) para conduta de água sob pressão. Especificações" define quatro possíveis pressões nominais para a tubagem PVC-O Classe 500 e coeficiente de projeto 1,4:
PN: 12.5, 16, 20, e 25 (kp/cm2)
- Pressão de funcionamento admissível (PFA). Pressão hidrostática máxima que um componente é capaz de suportar de forma permanente em serviço.
- Pressão de teste em obra admissível (PEA). Pressão hidrostática máxima que um componente instalado recentemente em obra é capaz de suportar, durante um período de tempo relativamente curto, de forma a garantir a integridade e estanqueidade da conduta.
- Pressão de rotura (Pr). Pressão hidrostática interior que, na ausência de cargas externas, deixa fora de serviço o material que compõe a tubagem. Em tubos feitos de material homogéneo, esta pressão está relacionada com a pressão mínima à tração (Rm) do material, através da expressão:
Pr: pressão de rotura, em N/mm2
e : espessura da parede do tubo, em mm
DI: diâmetro interior, em mm
Rm: resistência mínima à tração do material, em kp/cm2
Nos tubos de PVC-O TOM® corresponde, aproximadamente, ao conceito de LCL (tensão que o material resiste a 20 ºC e 50 anos com um nível de confiança não inferior a 97,5%).